quarta-feira, 16 de maio de 2018

Museologia: o curso, duração, matérias, curiosidades

Oi, gente! Hoje é dia de mais um post sobre Museologia. Estou no 3º período, e depois de vocês terem ficado curiosos lá no Instagram (@estacaocomcor), resolvi que já passou da hora de fazer este diário de universitária. Caso você não saiba o que é Museologia, leia este post primeiro e depois volte para cá.

Meu curso é integral, ou seja, oficialmente manhã e tarde com possibilidade de pegar/trocar matérias no noturno. Possui duração prevista para 4 anos e conta com estágio obrigatório,  apresentação de monografia e cumprimento de horas complementares. O curso não existe em todos os estados do Brasil. Você pode encontrar na UnB, UFS,UFOP, Puc-Campinas, FAECA Dom Bosco, UFPA, UFMG, UFBA, UFPE, UFRGS, UFG, UFSC, Unirio, Unibave, UFRB. Lembrando que além da graduação já existem mestrados, doutorados e pós-graduações na área. Já vi profissionais de Comunicação, Biologia, Design, entre outros, unindo sua formação com a Museologia.


1º PERÍODO
A grade era uma salada das Ciências Humanas. Eu tive Ciência da informação, Introdução à Filosofia, Introd. à Sociologia, Introdução a Metodologia Científica e Antropologia Cultural. Pra nos apresentar o que é o curso e algumas bases teóricas, Introdução à Museologia e Museu, Memória e Patrimônio. A grande maioria dos professores optou por abordagens bem leves, passando trabalhos, resumos e fichamentos como avaliação. De uma forma geral, percebi que minha turma ficou bastante ansiosa para o semestre seguinte, para sair destes conteúdos muito amplos e partir para a Museologia em si. 

Além disso, inseriram a optativa Heráldica (estudo dos brasões, basicamente) como sugestão, mas muitos trancaram. Foi minha disciplina favorita! É bem específica, e para uma caloura que caía de paraquedas, foi interessante entender mais o papel do museólogo quanto a pesquisa e o cotidiano lidando com acervos. Ela faz parte dos "Tópicos Especiais", que inclui Numismática (moedas), Indumentária (vestimentas, história das roupas) e Mobiliário (móveis). 

2º PERÍODO
Finalmente, agora éramos nós que arrumaríamos nossa grade! Eu mantive o que pude do sugerido pelo fluxograma, mas como uma das matérias obrigatórias deste período foi oferecida apenas à noite, resolvi não fazer e coloquei outra pra dar um equilíbrio. Fiz 8 matérias, assim como no 1° período. Apesar desta semelhança, ele já começou diferente: na última semana de aula fiz um cursinho sobre igrejas barrocas, visitando algumas delas. Fiquei encantada!

Minha grade teve uma disciplina para a Museologia teórica (os pensadores, as definições do campo, as discussões quanto ao método...), outra para entender conceitos da profissão e da atuação do museólogo na conservação, Análise da Informação, Epistemologia, História Arte Ocidental I, Antropologia Cultural no Brasil e História do Brasil I. A optativa que escolhi foi História da América I, que abordava a América colonial (período que eu amo muito); fiz com a turma do curso de História. 

Foi muuuito melhor do que o 1º período. Eu fiz um trabalho sobre a teórica Waldisa Rússio que me inspirou muito quanto a profissão. Nas disciplinas de História, li textos incríveis.  Em Análise da Informação aprendemos um pouco mais sobre documentação (uma área extremeamente importante e repleta de carências), um pequeno anúncio do que será uma matéria que terei no 4º período. 


E AGORA? Estou fazendo 6 matérias; queria manter a carga do último ano, mas os horários oferecidos nesse semestre me complicaram um pouquinho. Eu levo 2 horas da minha casa até a faculdade, fato que influencia muuuito nas minhas escolhas pro semestre. Também estou participando como voluntária de um projeto de pesquisa sobre a história da área. 

Como vocês podem ver, Museologia é extremamente interdisciplinar.  Os profissionais da área não estão presos a atuar em museus, diferente do que mitos pensam. É uma Ciência Social Aplicada com muitas possibilidades. É um campo diretamente ligado a políticas públicas culturais, educação, divulgação da ciência e democratização do conhecimento, que une teoria museológica (que está em constante transformação) e atividades práticas.

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