segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Resenha: Mosquitolândia, de David Arnold


Como dá pra ver na foto acima, Mosquitolândia é um livro sobre sair de casa, viagem, busca, desbravar coisas novas, mas também redescobrir as próprias origens. Quanto menos você sabe, melhor. O que posso dizer é que Mary Iris Malone (MIM) não está bem. Ela precisa encontrar sua mãe por uma série de razões que vamos descobrindo ao longo da história. Portanto, vou te dar 5 motivos pra embarcar na história junto com a gente.

1. Mim é uma personagem peculiar
O livro é narrado em primeira pessoa, e considerando a protagonista, parecia que eu havia caído de paraquedas na história. Ela é intensa, ousada, impulsiva e beira a irresponsabilidade. Seus problemas de saúde chegam perto do hilário quando ela os narra, mas depois você percebe que eles realmente existem e realmente são problemas. Ela tem 16 anos e seu amadurecimento ao longo da jornada também é super claro, não dá vontade de saltar do ônibus. E sim, chame-a de Mim.

2. É o primeiro livro de David Arnold
Como disse, a narrativa em primeira pessoa é caótica. Este estilo de escrita, acompanhando a personalidade do protagonista, é um dos meus favoritos. Fiquei curiosa pra ler outras histórias do autor, porque as situações que ele criou são bem diferentes. A história já tem um ar épico pela trama principal e os acontecimentos que a permeiam são incomuns, mas de um jeito bom. Minha impressão é que nessa história o louco, improvável seja a moral, o motivo pelo qual você vai gostar do livro. Comigo deu certo.


3. Conhecimento geográfico
O livro é dividido por quilometragem, ou seja, quanto falta para Mim chegar ao seu destino. Um jeito ótimo de incrementar sua leitura é pesquisar mapas dos EUA, imagens das cidades e calcular os dados no Google Maps. Fica a dica!

4. Dramas familiares, personagens que crescem
A família da Mim é quase um personagem independente. Cada um de seus integrantes é único! Também possuem seus problemas e complementam-se. Os personagens secundários são bem desenvolvidos coletivamente, formando eles próprios uma certa relação familiar.

5. A vida como ela é (?)
Uma vez eu ouvi que quanto mais intensos e problemáticos os personagens, melhor. Talvez eu concorde. Aqui vemos uma protagonista que tinha tudo pra ser uma simples rebelde, mas camadas são sobrepostas: problemas físicos, dilemas emocionais, tentativas de superação, e simultaneamente, certos agarramentos ao passado. Em alguns momentos senti um pouco de exagero nas situações complicadas, beirando ao épico, como já disse; mesmo assim, ficava pensando: a vida não é cheia de problemas?

Então, você escolhe: o livro é sobre a vida comum ou é uma fantasia da normal? Leia e me diga.

Ah, um beijo do Snoopy viajante pra vocês. 

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