segunda-feira, 20 de maio de 2019

NOVO ENDEREÇO


Sim, depois de 9 anos usando o Blogger percebi que já estava na hora de testar novas coisas. Portanto, você pode encontrar o Estação Com Cor no WORDPRESS. Não mudou muito, pois o novo endereço é https://estacaocomcor.wordpress.com/

Por quê? Para experimentar um layout mais fácil de editar, mais recursos para o texto, mais segurança nas estatísticas. Não vou excluir  este URL. Permanecerá público também. Quem sabe um dia eu volto pro Blogger? Aos poucos vou colocando mais alguns posts antigos lá, que conversam com a nova proposta. Está sendo uma ótima oportunidade para revisá-los também.Alguns links de posts antigos que migrei continuam redirecionando para cá, sem crise. 

Espero você!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Resenha: Travessia: a história de amor de Anita e Giuseppe Garibaldi, de Leticia Wierzchowski


Você já ouviu falar na história de Anita Garibaldi? Uma mulher que desafiou as expectativas de seu tempo ao lutar na Guerra dos Farrapos no Brasil e, posteriormente, na Itália. Seus feitos contribuíram para o título "Heroína de Dois Mundos". Junto ao seu marido, o famoso Giuseppe Garibaldi, ambos impactaram sociedades diversas. A partir destes dois personagens somos convidados para imergir na peleja do Sul do Brasil, no cerco de Rosas em Montevidéu e na unificação da Itália.

Leticia Wierzchowski ficou mais conhecida após A casa das sete mulheres ter se tornado uma série da TV Globo em 2003.  Giovanna Antonelli interpretou Anita e Thiago Lacerda foi Giuseppe Garibaldi (inclusive, o ator e a autora mantiveram contato).

Apesar deste livro ser o último de uma trilogia, seu enredo me pareceu quase independente. Para aqueles que leram os demais, as menções sobre a família de Bento Gonçalves tem um sabor especial, mas não encontrei dificuldade para que ele possa ser lido sozinho. Nos agradecimentos, a autora explica:
"Anita, a quem eu não desbravei no primeiro livro, A casa das sete mulheres, foi também - e, principalmente, talvez - uma companhia instigante, uma mulher mistério com olhos de ruína (como disse um amigo), criatura muito à frente do seu tempo. Anita Garibaldi, considerada uma heroína, é venerada hoje no Brasil e na Europa, mas deixou poucas pegadas nos livros de História, o que era tristemente comum  às mulheres."
Com as metáforas, que são sua marca, além de uma alternância inteligente de pontos de vista, a história mescla os primeiros e os últimos acontecimentos da vida dos dois protagonistas. Além disso, temos uma narradora "surpresa". Não vou dizer quem é porque achei sua entrada algo encantador, que complementa o perfil épico trazido pela escrita. 

É um romance histórico cheio de detalhes, com um trabalho de pesquisa visivelmente muito consistente. O andamento é mais "lento", caracterizado por descrições poéticas e repetição de sentimentos e impressões intimistas dos personagens. Este foi o primeiro livro lido da Maratona Literária de Verão de 2019, realizada pelo canal Geek Freak (que já tem muito conteúdo no Instagram). Também me deu um empurrão excelente como primeira leitura do ano.

Leitores mais apressados podem se incomodar com o estilo, mas esta foi minha experiência mais empolgante com a autora. Os dois volumes anteriores têm a tristeza e a melancolia da guerra, focando nas angústias daqueles que ficam. Principalmente, as mulheres. Valorizar diversos olhares femininos também é uma marca de Letícia. O fato de Anita ser protagonista influencia, pois tinha uma personalidade forte e crises pessoais que a tornam complexa. Giuseppe, ainda que republicanos, liberal e abolicionista, revela-se um homem de sua época. O relacionamento do casal era tenso e intenso.

Além desta trilogia, também já tive contato com Sal, que infelizmente achei curto demais, sendo os personagens secundários que me tocaram mais e justamente os que receberam desenvolvimento e desfechos mais rápidos. Este último foi lido em dezembro, com atualizações feitas na época pelo stories .

Para os que gostam deste gênero, leiam todos: A casa das sete mulheres, O farol no pampa Travessia. São três calhamaços, mas nunca demorei mais que uma semana para terminá-los. A autora sabe nos cativar. Super recomendo!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Resenha: Os Três Mosqueteiros

Depois de muitos meses, finalmente aqui está a resenha de Os Três Mosqueteiros. Bem, se você me acompanha no Instagram já ficou sabendo de várias impressões minhas sobre a história. Por isso, siga o perfil do blog! Sobre o hiato: já falei com vocês sobre a tendinite. Junto ao fim de semestre, Andressa com um novo projeto no Minhas Confissões e vários testes sendo feitos quanto ao conteúdo nas redes sociais, a pausa foi necessária. O @estacaocomcor é dinâmico e tem conteúdo quase todos os dias! Quando o blog estiver sem conteúdo, corra para o Instagram!

VAMOS LÁ! Como temos muitas adaptações e um imaginário amplo do enredo, pretendo trazer alguns aspectos da minha experiência com outros aspectos.

Os personagens, como o próprio autor deixa claro, não são perfeitos. Os quatro protagonistas se completam em suas falas, vícios e polêmicas. É um grande conjunto de histórias e intrigas que evoluem até chegar no grande problema que os quatro (sim, quatro) mosqueteiros terão que resolver.  Este clímax revela-se ainda mais impactante quando percebemos que o passado de um dos heróis poderá colocá-lo a prova novamente.

Afinal, os mosqueteiros são alcançados por muitas questões mas também provocam várias outras. O humor do livro está, principalmente, nesta dinâmica e nas consequências de certos impulsos para o ofício de cada um. Na maior parte do livro, eles estão ferrados e pobres.

E então, após conhecermos estes heróis tão diferentes temos três mulheres importantes para a história: Ana da Áustria, a criada amada por D'Artagnan e a misteriosa Milady. Cada uma delas contribui para a história de maneiras diferentes e em momentos diferentes. São coadjuvantes interessantes, com interesses e personalidades variadas. São motores importantes da história, mas é importante ler sabendo que certos estereótipos são inevitáveis a um livro do século XIX.

Com todas estas surpresas, e com meu preconceito com o Romantismo sendo quebrado aos poucos, descobri um livro muito leve e que sabe prender o leitor com os fins de capítulo incríveis. Com Os Miseráveis e esta leitura somados, já quero mais contato com o Romantismo francês. 

Na época da leitura, eu estava de férias e procurando mais sobre o idioma. A edição da Zahar inclui ótimas notas de rodapé, uma apresentação e uma linha do tempo contando mais sobre o autor, e o meu favorito: mantém trechos em francês (com tradução no fim da página) de poemas e outras frases específicas. Neste contexto, a imersão foi outra.

Enfim, recomendadíssimo. Agora, estou ansiosa para ler Vinte Anos Depois. Até a próxima resenha!

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Resenha: O Livro dos Espelhos


Eu adoro comprar livros que estejam em alta ou recomendados por outras pessoas, mas também adoro quando me presenteiam com alguma história cujo o enredo nunca ouvi falar. Foi assim com "O Livro dos Espelhos". Decidi aproveitar essa oportunidade e nem li a sinopse da contracapa. Foi a melhor decisão, pois quando dei uma olhada após a leitura percebi que revelava demais! É nesta linha de tentar "manter o mistério" que venho aqui contar pra vocês sobre este livro.


Após receber a amostra de um manuscrito sobre um acontecimento de 1987, o agente literário Peter Kartz percebe que está entrando em segredos maiores do que imaginava. Para solucionar as pontas soltas de um assassinato não solucionado e esquecido, Peter busca ajuda em prol da justiça e de um contrato favorável para sua editora.

O livro é dividido em três partes, cada uma com o ponto de vista daquele de irá prosseguir com as investigações. Na primeira, vemos que se trata de um livro sobre um outro livro. O tema memória e esquecimento é pincelado, porém será mais desenvolvido na segunda parte. Na terceira, novos personagens e motivações são apresentadas, finalmente solucionando o crime e dando corpo aos mistérios do manuscrito de 1987. Cada protagonista contribui para a solução do crime de maneira bem demarcada, embora os três sejam idênticos no  estilo narrativo, sempre constante.

A construção dos personagens não é complexa, além de problemas como falta de dinheiro ou agenda cheia serem facilmente resolvidos. Isso deixa a trama rápida e dinâmica, embora eu adoraria que pequenas crises fossem mais aprofundadas, considerando que o autor escreve em sua nota que este não é um livro sobre quem matou, mas sim o porquê.

Não é uma escrita pesada, pelo contrário, mas adulta. Há palavrões, e por tratar da sordidez dos crimes, o autor é prático e seco quanto algumas questões. Não acharia prudente recomendar para ninguém abaixo dos 15 anos, por exemplo.

Mesmo com essas ressalvas pretendo procurar mais do autor, nascido na Transilvânia com uma família de origem romena, húngara e alemã. Este é o primeiro de Chirovici que foi escrito em inglês,  portanto se passa nos Estados Unidos. Gostaria de ter contato com os escritos na língua materna dele, para conhecer melhor seu estilo.

Para uma estudante de Museologia que sempre teve aspirações a jornalista, e ama trama policiais, o enredo foi facilmente engolido. As discussões sobre a memória e a inexistência de neutralidade cumprem seu papel de maneira objetiva e eficiente. O Livro dos Espelhos merece quatro estrelas por ter me tirado de uma baita ressaca literária, além de ter capturado rapidamente minha curiosidade.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Você precisa ouvir: covers com VIOLINO



Depois de indicar pra vocês alguns dos meus covers com harpa favoritos, resolvi trazer mais do meu instrumento favorito aqui pro blog. Depois que estudei um pouquinho de violino, a admiração se tornou ainda maior. Apesar de ouvir muitos muitos concertos para cordas, resolvi focar apenas em covers nesta primeira playlist. Sou apaixonada pela força e suavidade que o timbre do violino possuem. 

Como alguns vídeos não são apenas com o violino, e algumas confusões são comuns pra quem não está acostumado, achei interessante trazer esta explicação básica. Do violino, mais agudo, para o contrabaixo, mais grave.
 

A partir disto, curtam a playlist abaixo! Escolhi todos com muito carinho. São 15 vídeos de diversos canais, para que você possa seguir todos depois e realmente imergir neste universo das cordas, mas principalmente, de vários estilos. Depois não esqueça de me contar o que achou e se tem mais alguma sugestão nos comentários.